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 Liberdade, o “bairro oriental” de São Paulo

Pesquisa da população de descendentes de japoneses
residentes no Brasil (1987-1988)


População segundo Geração


A "geração" aqui empregada obedece à seguinte definição. O imigrante japonês é considerado da 1ª geração [issei]. O filho nascido de pai e mãe da 1ª geração é considerado da 2ª geração [nissei] e o filho nascido do casal de "nissei" é dito da 3ª geração [sansei]. O descendente de japoneses nascido de casal de gerações diferentes terá a geração definida acrescendo-se uma unidade à numeração ordinal da geração mais avançada dos pais. Por exemplo, o filho nascido de pais da 1ª e 2ª gerações será, segundo esta definição, da 3ª geração. Outrossim, tendo em vista a existência de numerosos descendentes miscigenados de origem japonesa, adotou-se também divisões em sub-categorias de "puro" e "miscigenado". Assim, o filho nascido de japonês (1ª geração) e não-japonês será de 2ª geração-miscigenado, e o filho nascido do casal de "nisei" - puro e não-japonês será um descendente de origem japonesa da 3ª geração -miscigenado. Este conceito é independente do conceito de identidade referente à etnicidade, onde o indivíduo se auto-identifica, ou tem consciência de sua ascendência étnica. Não tem, pois, nenhuma correlação com os aspectos culturais. São índices atribuídos exclusivamente em função da posição ocupada dentro da linhagem genealógica.

Os quadros 2-18, 2-19, 2-21 dão as composições da população de origem japonesa segundo gerações, adotado o critério acima referido. Pelo que se vê, por ocasião do levantamento, a população de japoneses (1ª geração) residente no Brasil era de apenas 12,51% do total. Os descendentes de 2ª geração eram 30,85%, e os da 3ª geração, os mais numerosos, ascendendo a 41,33%. Apesar de pequeno em número, existem aqueles da 5ª geração. Examinando-se a distribuição das gerações segundo o sexo, não se nota diferença significativa. Do ponto de vista do urbano-rural, a zona rural contém maior número de japoneses da 1ª geração. Vendo-se sob o critério da distribuição segundo as idades, os descendentes da 2ª geração se acham espalhados, mas os da 3ª geração se concentram na faixa de menos de 30 anos, particularmente abaixo de 15 anos. Essa tendência é mais acentuada nos da 4ª geração. Os de 5ª geração só comparecem na faixa abaixo de 15 anos de idade.


QUADRO 2-18. - Composição percentual da população segundo geração grande divisão
Geração%
12,51
30,85
41,33
12,95
0,28
Sem Inf.2,07



QUADRO 2-19. - Composição percentual da população segundo geração pequena divisão
Geração%
12,51
2ª Pura28,99
2ª Misc.1,86
3ª pura23,96
3ª misc.17,36
4ª pura4,97
4ª misc.7,98
0,28
Sem Inf.2,07



QUADRO 2-20. - Situação de miscigenação segundo geração
GeraçãoÍndice de Miscigenação (*)
6,03%
42,00%
61,62%
(*) Índice de Miscigenação = População Miscigenada / População Total da Geração x 100



QUADRO 2-21. - Composição percentual da população segundo geração sexo - urbano-rural - pequena divisão - 1988
GeraçãoMasc.Fem.UrbanoRuralTotal (%)
14,1610,8411,8818,4712,51
2ª pura28,2429,9829,3925,5028,99
2ª misc.1,232,521,891,311,86
3ª pura24,2223,7223,2430,6223,96
3ª misc.17,5316,9518,348,5317,36
4ª pura4,924,935,173,214,97
4ª misc.7,408,597,7310,147,98
0,240,330,260,400,28
Sem Inf.2,062,142,101,812,07



O quadro 2-20 mostra a situação de miscigenação segundo gerações. Quanto mais se avança nas gerações aumenta a proporção dos descendentes miscigenados. Examinando-se essa situação de miscigenação em cotejo com a população da mesma geração, os da 2ª geração são de 6,03%, já na 3ª geração essa proporção ascende a 42%, e na 4ª geração, 60%. Vendo-se a miscigenação segundo sexo, o feminino é pouco mais elevado do que o masculino, e segundo urbano-rural, a zona rural apresenta índice de miscigenação relativamente inferior àquele da zona urbana.






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